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Drama lírico em 3 atos, cuja melodia foi encomendada a Antonio Carlos Gomes pelos irmãos Cesare e Enrico Corti, dois dos mais renomados empresários artísticos na Milão do final do século XIX.

Acredita-se que Gomes tenha sido escolhido pelos irmãos Corti, num cenário em que as grandes editoras de música da época (Casa Ricordi e Sonzogno) encontravam-se em forte disputa, de um lado pelo prestígio que havia alcançado como compositor e de outro por não ter contrato com nenhuma delas.
Acredita-se que Gomes tenha sido escolhido pelos irmãos Corti, num cenário em que as grandes editoras de música da época (Casa Ricordi e Sonzogno) encontravam-se em forte disputa, de um lado pelo prestígio que havia alcançado como compositor e de outro por não ter contrato com nenhuma delas.

A peça, que conta com textos de Mario Canti,         foi encenada pela primeira vez em 21 de fevereiro de 1891, no teatro Alla Scala, de Milão, e é criada no auge do refinamento orquestral e melódico do compositor campineiro.

Em entrevista concedida em 2005,          ao jornal Folha de São Paulo, o maestro Luiz Fernando Malheiros declara ser a composição muito estruturada, com temas bem desenvolvidos e de uma beleza impressionante.

Não obstante, a obra não é bem recebida pela crítica, que a considera tradicional demais se comparada com a impetuosa Cavalaria Rusticana, de Pietro Mascagni, tida como uma revolução nos cânones operísticos de então e apresentada ao público no mesmo palco, um ano antes. Apesar disso, a ópera do compositor brasileiro, que contou com um elenco de primeira linha, teve dez récitas e foi a segunda mais assistida do Alla Scala naquela temporada.

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Condor foi apresentada pela primeira vez no Brasil naquele mesmo ano e por ter Carlos Gomes a imagem muito ligada ao imperador, deposto pouco tempo antes, também foi recebida pelo público e crítica com certa frieza.

A história trata do amor impossível de Odalea, Rainha de Samarcanda, uma das principais cidades da Rota da Seda e um dos pontos nevrálgicos entre Pérsia, Ásia Central e Índia, e Condor, como é conhecido o chefe do grupo de bandoleiros nômades que havia invadido a cidade.
Mesmo sabendo que a ousadia de profanar os sacros aposentos da rainha, também líder religiosa, poderia custar-lhe a vida, Condor cede ao ímpeto de ver a soberana, cujo sorriso de Eva, emoldurado por singular beleza, teve a oportunidade de observar certa vez, por ocasião de uma cerimônia religiosa.

Ela lhe adverte tamanha heresia deveria ser punida com a morte. Ele, então, saca do punhal e afirma que, se por amor deveria morrer, que fosse por suas próprias mãos e aos pés da pessoa amada. Mas ela, perturbada por aquele homem e invadida por imensa piedade, pede-lhe que guarde a arma e que se vá.

O povo fica sabendo do perdão da rainha e se revolta. Nesse momento, surge em cena Zuleide, mãe de Condor, e anuncia que ele, em verdade, não é um bandoleiro, mas filho do grande sultão Amurath. Mesmo assim, a plebe armada avança em direção a Condor e Odalea , então, para salvá-lo, proclama-o chefe da guarda.

A vontade da rainha, envolvida por imenso amor, não é suficiente para acalmar o estupor da gente que, horrorizada pelo perdão, incendeia a cidade.

A este ponto, para acalmar a multidão e salvar a amada, Condor saca do punhal e dá fim a sua vida, dando ao povo o sangue derramado que queriam.

Luigi Brizzolara retrata Condor em seus últimos momentos de vida, já ferido pelo punhal jogado ao seus pés e com o corpo inclinado para traz em profunda dor, talvez maior por ter deixado a amada do que por ter findado a vida.

A estátua de bronze amolda-se à extremidade inferior do balaústre da escadaria que abraça a Fonte dos Desejos e quem desce em sua direção tem a impressão que essa personagem das mil e uma noites estende-lhe a mão em socorro. De tanto ser tocado, o bronze dessa mão perdeu a pátina e, com isso, São Paulo ganhou uma lenda: em visita à capital paulista, o viajante que tocar a mão de Condor encontrará a sorte!

CONDOR

Escultura em bronze (2,22mX1,36mX1,20m)

Autor: Luigi Brizzolara (Chiavari, 11/06/1868 – Gênova, 11/04/1937)

Ano: 1922

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